O dia dos namorados se aproxima nesta segunda-feira (dia 12/06), e este fim de semana vai fazer você pensar sobre o amor. Quem nunca sonhou em um relacionamento digno de textos e frases de amor? Você já experienciou um amor que tirou seu chão e te deixou totalmente fora de controle? Você vive em busca da tão falada “alma gêmea”, para que consiga se conectar a um relacionamento com profundidade, verdade, fidelidade e parceria? Ou você é daquele tipo que já sofreu e quebrou tanto a cara nos relacionamentos, que seu coração se fechou, desistindo de procurar por esse amor?

Entenda a energia do amor

Perceba que esta pessoa tão sonhada jamais se conectará à sua energia, se essa vibração não existir primeiro em você mesmo(a). Para abordar melhor o tema, preciso contextualizar aqui, uma fala de Osho, um líder espiritual indiano, que publicou em um de seus livros “Osho Todos os Dias”, o seguinte texto:

“Todo processo do Tantra é unir os opostos. Quando você é inteiro, você é sagrado. O homem e a mulher não podem se encontrar eternamente. Seu encontro pode ser somente momentâneo. Essa é a infelicidade do amor. E o deleite também. O encontro com o outro só pode ser momentâneo. Mas o encontro com seu masculino e com seu feminino, que vive em você, pode ser permanente. Nenhum homem é apenas homem. Nenhuma mulher, é apenas mulher. Este é um dos maiores insights do Tantra. Porque um homem nasce de um homem e uma mulher, no encontro destas duas polaridades. Ele carrega algo do pai e algo da mãe.” – Osho

Achei muito legal as referências que Osho traz sobre a espiritualidade e o universo energético. Por energia, não me refiro aqui somente à carga elétrica que está disponível na tomada da sua sala para ligar a TV. Mas falo no sentido mais amplo, de vibração. Você já esteve perto de alguém e se sentiu abraçado por sua energia positiva e contagiante? De igual maneira, você já esteve em algum lugar que, ao entrar, sentiu um aperto no peito ou uma sensação ruim? É sobre este contexto que me refiro, à vibração que existe nos lugares, nas pessoas e em todo o universo, que consegue se conectar com a frequência que emanamos do interno para o externo.

O que diz a filosofia milenar

Osho resgata uma das sete leis herméticas, uma sabedoria milenar que veio do Egito, que aborda sobre as leis que regem tudo o que há no universo, sendo uma delas a da polaridade. Tudo o que existe, no micro ou no macro, possui uma polaridade positiva e outra negativa, como uma pilha, por exemplo. Sem as duas polaridades, a corrente elétrica não conseguiria fazer sua TV exibir o seu programa favorito. Quando caminhamos, começamos com o pé direito à frente e o pé esquerdo atrás. Contudo, para prosseguirmos, precisamos “trocar o passo” e inverter a ordem dos pés. O que estava atrás, vai pra frente, e o que estava na frente, vai pra trás. O movimento do coração ao bater: sistólico e diastólico, ou seja, ora se contrai, ora se expande. Este é o princípio da polaridade que também existe em nossas relações amorosas e em nós mesmos.

A seguir, Osho aborda o princípio do feminino e do masculino, o Yin e o Yang. Esta é uma energia que existe em todos nós, onde o Yin representa o feminino, nossa capacidade de acolhimento, de olhar para nosso emocional e de lidar com aquilo que sentimos. O Yang representa o masculino, nossa capacidade de lidar com os desafios que estão fora da nossa zona de conforto, tudo aquilo que nos move pra fora, pra darmos o próximo passo. O Yin vem da mãe e olha pra dentro. O Yang vem do pai e olha pra fora.

A polaridade das relações

Essas dinâmicas energéticas do masculino e do feminino também estão presentes nas relações. Portanto, perceba que falo aqui de polaridade e energia, sem entrar no mérito do gênero desta relação, ou seja, esse processo ocorre de igual maneira nas relações hétero e homoafetivas e, ainda, em todas as suas vertentes ou manifestações. Tudo é energia e todos temos estas polaridades.

É muito importante você buscar manter as duas polaridades equilibradas em si mesmo, o equilíbrio pleno entre a sua capacidade de se doar (energia Yang) e de receber (energia Yin). Dessa forma, quanto mais nos esquecemos de nós mesmos, da nossa essência, dos nossos valores, quanto mais nos anulamos em nossas relações só para agradar o parceiro ou parceira, vamos gerando um vazio que tentamos preencher com a presença do outro, mas desta forma, jamais nos sentiremos satisfeitos.

Ao desenvolver uma relação, o primeiro passo que precisa ser dado é buscar em si, quais são os seus valores. Como vou me conectar com alguém que tem a mesma frequência que eu, a mesma sintonia, os mesmos valores, pra que esse(a) parceiro(a) possa somar e contribuir com meus objetivos pessoais? Preciso buscar no outro, aquilo que existe em mim.

Ninguém vai preencher o seu vazio

A questão é que 99,9% das pessoas estão vazias de si mesmas e tentam preencher este buraco com a companhia de alguém. E qual o risco disso? Quando estamos nesta carência, vibrando a energia da solidão, nos conectamos com a primeira pessoa que aparece, sem avaliar se ela está no mesmo nível consciencial que o nosso, no mesmo momento de vida, com os mesmos objetivos e desejos. Só porque esta pessoa te convidou pra jantar, ou te levou a um cinema, sua carência coloca uma venda sobre seus valores e você acha que aquela pessoa é o amor da sua vida.

Pelo olhar da espiritualidade, como entendemos este processo? Tudo que tem vida e tem consciência, quer se sentir acolhido, quer ser amado, que se sentir valorizado e reconhecido. Mas como eu não consigo vibrar esta energia de amor-próprio e solitude em mim mesmo, vou buscar alguém no externo pra vibrar esta energia por mim. Então, enquanto existe alguém ao meu lado, não importa se esta pessoa de fato compactua com os mesmos valores que os meus, de alguma maneira eu consigo vibrar esta falsa energia de amor, porque na verdade, é apenas carência.

A dinâmica da dependência emocional

Neste sentido, quando este(a) parceiro(a) se afasta de mim, isso me gera dor, porque não fui capaz de me nutriz pela energia de amor-próprio, então crio uma relação de dependência emocional onde preciso estar perto daquela companhia mesmo que não seja a pessoa ideal, mesmo que seja uma relação tóxica, mesmo que seja alguém que já demonstrou com palavras ou com ações que não tem pra me oferecer o tipo de relacionamento que meu coração queria viver.

Nesta dinâmica de dependência, começo a exigir do outro, que as coisas sejam do meu jeito, na minha hora, assumo uma postura de querer mudar ou controlar o outro. Lembre-se que cada consciência só dá ao outro, aquilo que tem em si mesma e que ninguém é capaz de mudar ninguém.

Como se conectar à energia do amor

Pra resolver esse imbróglio não tem passe de mágica. Você precisa olhar pra si mesmo. Onde é que está este vazio existencial? Por que você desenvolveu essa necessidade de preencher o seu vazio com os outros? A obrigação da sua felicidade não é de ninguém mais, além de você mesmo. Ninguém é responsável por preencher o seu vazio. De igual forma, não é sua responsabilidade preencher o vazio dos outros.

Tenha a certeza de quais são os seus valores. Quem eu sou? O que eu busco? Quais são os meus valores? Qual é o meu olhar sobre a vida? O externo é um reflexo do interno. A energia que eu vibro dentro, vai reverberar fora. Que direção eu quero seguir? Alinhado à minha essência, sem o julgamento de certo e errado, deixando cada consciência ser como é, dessa forma eu vou mudando em mim mesmo aquilo que me incomoda no outro. Por consequência, vou alterando a minha frequência, como numa estação de rádio, para ouvir a música certa que faz meu coração vibrar.

E como alcanço tudo isso? Com autoconhecimento, com ganho de consciência, com inteligência emocional, com terapia e tratamentos energéticos. Dentro da abordagem holística com a qual trabalho, convido você a começar a embarcar numa meditação energética, que faço gratuitamente todas às terças-feiras, às 21h, em meu instagram @viaenergia.